O mercado de trabalho dos Estados Unidos registrou uma forte desaceleração no mês passado, com saldo de 151 mil novas vagas, bem abaixo da média de 2015, de 228 mil por mês, anunciou hoje o Departamento de Trabalho em seu relatório mensal sobre o emprego.
Em outra pesquisa, o índice de desemprego caiu de 5% para 4,9%. Não caía abaixo de 5% desde fevereiro de 2008, antes do início da Grande Depressão de 2008-9. Isso indica que há menos gente procurando trabalho.
O índice de desemprego amplo, considerando trabalhadores em meio turno, está em 9,9%. A taxa de participação no mercado de trabalho das pessoas em idade de trabalhar caiu de 62,7% para 62,6%, mas ainda é a maior em 40 anos.
Os economistas esperavam 185 mil vagas e 5%. O resultado decepcionou e causa queda das bolsas de valores nos EUA. Os dados de novembro e dezembro foram revisados para baixo. Em novembro, foram 252 mil vagas, em vez das 280 da estimativa anterior. Em dezembro, o número caiu de 292 mil para 262 mil postos de trabalho.
Um dos problemas está no varejo. Grandes cadeias como WalMart e Sears estão fechando lojas. Mas os salários tiveram alta real de 2,5% em 12 meses.
Na prática, vários sinais apontam para o enfraquecimento da maior economia do mundo. A taxa anual de crescimento baixou para 0,7% no último trimestre de 2015, os preços do petróleo continuam deprimidos, a desaceleração na China preocupa e o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou as previsões de crescimento para o mundo inteiro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário