Um comboio de ambulâncias e caminhões cruzou hoje a fronteira da Turquia com a Síria para levar ajuda humanitária a dezenas de milhares de civis que fogem da cidade de Alepo, alvo de bombardeios da Rússia e de uma ofensiva do Exército sírio e milícias aliadas, noticiou a agência Reuters citando como fonte o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Com o apoio aéreo da Rússia, as forças leais à ditadura de Bachar Assad intensificaram os ataques às regiões dominadas pelos rebeldes. A expectativa dos profissionais de ajuda humanitária é de uma queda iminente da cidade. Antes da guerra civil, Alepo era a capital econômica da Síria . Hoje é praticamente uma ruína só.
Na semana passada, durante uma conferência em Londres que prometeu US$ 11 bilhões para ajudar a Síria e os refugiados, o primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, disse que a situação das populações sitiadas dentro da Síria é muito pior do que no exterior: "As pessoas estão comendo grama, quando encontram grama para comer."
Desde 30 de setembro de 2015, a Rússia intervém militarmente na guerra civil síria com bombardeios aéreos para apoiar o aliado Assad. Isso mudou a realidade no campo de batalha, rompendo um perigoso impasse capaz de levar ao colapso do regime, o único aliado de Moscou hoje no Oriente Médio.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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