A Arábia Saudita, a Rússia, o Catar e a Venezuela concordaram em não aumentar sua produção de petróleo acima dos níveis de janeiro de 2016 numa tentativa de reverter a queda de 70% nos preços do produto desde junho de 2014.
Os preços do petróleo estavam em alta de 5% no dia. Com a notícia, voltaram a cair. No momento, o petróleo do tipo West Texas Intermediate, do Golfo do México, padrão do mercado americano, está em queda de 1,15%, sendo cotado a US$ 29,11.
Para ter sucesso, o acordo precisa ser apoiado pelo Irã, que está voltando ao mercado depois do fim das sanções internacionais a seu programa nuclear, e o Iraque, que precisa de dinheiro para enfrentar a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. O regime fundamentalista iraniano prometeu aumentar a produção em 1 milhão de barris por dia até o fim do ano.
"O congelamento agora nos níveis de janeiro é adequado ao mercado", declarou o ministro do Petróleo saudita, Ali al-Naimi. "Não queremos grandes variações de preços, queremos atender à demanda. Queremos um preço do petróleo estável.""
A queda nos preços é atribuída à Arábia Saudita e às outras monarquias petroleiras do Golfo Pérsico, interessada em tirar do mercado produtores de alto custo como os do óleo de xisto betuminoso nos Estados Unidos.
No nível atual, a exploração do pré-sal brasileiro é deficitária. A presidente Dilma Rousseff admitiu nos últimos dias mudar a regra do jogo e permitir maior participação da empresas estrangeiras. Pela lei atual, a Petrobrás, que acumula dívidas de US$ 500 bilhões, precisa ter uma participação de pelo menos 40% em todos os poços.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário