Comandos de operações especiais das França estão realizando ações secretas na Líbia contra a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante com a autorização do presidente François Hollande, revelou hoje o jornal francês Le Monde.
O ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian não comentou a notícia e mandou investigar a origem do vazamento.
Desde os atentados que mataram 130 pessoas em Paris em 13 de novembro de 2015, a França intensificou suas operações contra o Estado Islâmico na Síria, no Iraque e também na Líbia.
"A última coisa a fazer será intervir na Líbia. É preciso evitar todo engajamento militar aberto, é preciso agir discretamente", disse ao jornal uma fonte do Ministério da Defesa. Por enquanto, o presidente Hollande só autorizou ações militares não oficiais.
O objetivo não é ganhar uma guerra, mas impedir a instalação do Estado Islâmico do outro lado do mar Mediterrâneo. Em 19 de fevereiro, os Estados Unidos bombardearam posições da milícia jihadista na cidade de Sabrata. Ontem, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, autorizou o uso de uma base aeronaval da Sicília para ataques de drones contra território líbio.
Ao se instalar na Líbia, o Estado Islâmico ganha uma costa. Se for atacado na Líbia, pode tentar ir para a vizinha Tunísia, único país onde a Primavera Árabe levou a uma frágil democratização.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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2 comentários:
A tunisia será atacada mas o que me preocupa é Roma. Se o Papa for atacado, ficarei com os teóricos da conspiração, Francisco será o Papa do fim dos tempos!!!
Eles podem cometer crimes de terrorismo, mas não vão tomar Roma nem o Vaticano. O Estado Islâmico é uma ameaça às populações que ataca, tem capacidade de aterrorizar, mas não ameaça o poder de países poderosos. Não é páreo para a Turquia, por exemplo.
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