Apesar das ameaças de obstrução do Partido Republicano, o presidente Barack Obama anunciou há pouco na Casa Branca que pretende nomear um novo ministro para a Suprema Corte dos Estados Unidos em substituição ao juiz conservador Antonin Scalia, que morreu hoje aos 79 anos.
Depois de muitos elogios a "um dos juízes mais consequentes que já serviram à Suprema Corte" e "um dos maiores defensores da pedra fundamental de nossa democracia, o Estado de Direito", que influenciou gerações, o presidente insistiu que é seu dever nomear um novo ministro.
Scalia era considerado o grande intelectual da ala mais à direita do supremo tribunal americano, onde agora há quatro juízes conservadores e quatro liberais. Como Obama deve nomear um liberal, o equilíbrio de forças seria virado em direção à esquerda.
Desde logo, o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, declarou que "o povo americano deve ter voz na escolha do seu próximo ministro da Suprema Corte. Portanto, esta vaga não deve ser preenchida enquanto não tivermos um novo presidente."
Outros deputados e senadores republicanos, entre eles o senador Ted Cruz, aspirante à candidatura da oposição à Casa Branca em novembro de 2016, repetiram a mensagem do líder.
Obama reagiu afirmando que é seu dever constitucional nomear um novo ministro para a Suprema Corte e que o Congresso tem tempo suficiente para realizar as audiências e votar a indicação. Com a confrontação total da oposição com o presidente que marca o governo Obama, deve haver obstrução.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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