Com o acirramento da disputa e o aumento do tiroteio verbal do bilionário Donald Trump contra seus adversários na disputa pela candidatura do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos em novembro de 2016, o senador evangélico ultraconservador Ted Cruz passou à frente pela primeira vez numa pesquisa nacional.
Sob fogo cerrado dos adversários, Trump caiu. Na sondagem do jornal The Wall Street Journal e da rede de televisão NBC, Cruz teve 28% das preferências contra 26% para Trump, seguido pelo jovem senador Marco Rubio (17%), o governador de Ohio, John Kasich (11%), o neurocirurgião aposentado Ben Carson (10%) e o ex-governador da Flórida Jeb Bush (4%).
Num duelo pessoal com Trump, Cruz divulgou as contribuições de campanhas do passado do bilionário, que deu muito dinheiro para candidatos democratas. Também mostrou um vídeo onde Trump defendia o aborto.
Nas pesquisas sobre a eleição primária da oposição republicana no estado de Carolina do Sul, marcada para o próximo sábado, Trump lidera com 34,5%, seguido de Cruz com 17,3%, Rubio com 16,8% e Bush com 10%.
O terceiro lugar num estado conservador do Sul seria um golpe em Cruz. Trump alega que tem a maioria dos votos evangélicos e acusa o rival de fraude nas convenções regionais de Iowa, onde a campanha de Cruz teria insinuado que Carson, outro evangélico, estaria desistindo para roubar-lhe os votos.
Para Jeb Bush, talvez seja a última chance de se apresentar como um candidato viável. Para isso, mobilizou até o irmão e ex-presidente George W. Bush e a mãe, a ex-primeira-dama Barbara Bush. Apostou todas as suas fichas. Sonhava com o apoio da governadora Nick Haley, que ontem declarou apoio a Rubio, informou a agência Reuters.
A próxima primária do Partido Democrata será em Nevada no próximo sábado. A prévia democrata na Carolina do Sul será em 27 de fevereiro. Em Nevada, os dois estão praticamente empatados. A ex-secretária de Estado Hillary Clinton é favorita na Carolina do Sul.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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