A economia do Japão, a terceira maior do mundo, recuou no último trimestre de 2016 num ritmo que projeta uma queda de 1,4% ao ano, mais do que o 1,2% previsto pelos analistas de mercado e retração de 0,4% em relação ao trimestre anterior. Nos últimos três trimestres, houve contração em dois, apesar das políticas de estímulo do primeiro-ministro Shinzo Abe.
Em todo o ano passado, o Japão cresceu 0,4% por causa do aumento de 2,7% nas exportações, que neutralizou uma queda de 1,2% no consumo pessoal. Esse resultado se soma às desacelerações nos EUA e na China, aumentando as preocupações sobre a economia mundial que derrubaram as bolsas de valores na semana passada, especialmente em Tóquio.
Hoje a Bolsa de Tóquio subiu 7,2%, depois de perder 11% na semana passada e 21% desde o início do ano, um pouco menos do que a Bolsa de Xangai, na China.
No poder desde dezembro de 2012, Abe se propôs a combater a estagnação e a deflação, duas pragas da economia japonesa desde os anos 1990s. Além de imprimir dinheiro para comprar US$ 700 bilhões de títulos no mercado financeiro e aumentar a quantidade de dinheiro em circulação, o Banco do Japão passou recentemente a pagar juros negativos sobre os depósitos dessa compra depositados como garantia pelos bancos privados no banco central.
"O gasto público para sustentar a economia mundial deve ser o foco central da próxima reunião de cúpula do Grupo dos Sete mais a China", a ser realizada em 26 e 27 de maio de 2016 no Japão, comentou o economia Mitsumaru Kumagai, do Instituto de Pesquisa Daiwa.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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