Os Estados Unidos e a Rússia anunciaram hoje em Munique, na Alemanha, um cessar-fogo dentro de uma semana na guerra civil da Síria, o que dá à ditadura de Bachar Assad uma chance de fortalecer sua posição. Com o acordo, o secretário de Estado americano, John Kerry, prometeu o envio imediato de ajuda às populações sitiadas.
Os grupos rebeldes jihadistas Estado Islâmico do Iraque e do Levante e Frente al-Nusra não participam da trégua. Isso significa que podem ser atacados. Observadores temem que a Rússia use isso como pretexto para atacar outros grupos rebeldes, como fez até agora.
As negociações sobre a paz na Síria deveria ter começado no início do mês, mas os rebeldes moderados que participam do diálogo exigiram o fim dos bombardeios aéreos da Rússia e do cerco a regiões dominadas pelos rebeldes.
No momento, as negociações estão marcadas para 25 de fevereiro. Sem uma trégua efetiva, provavelmente serão adiadas mais uma vez.
Desde 30 de setembro de 2015, sob o pretexto de combater o Estado Islâmico, a Rússia intervém militarmente para sustentar o regime do aliado Bachar Assad, que estava à beira do colapso. Mas pouco ataca o Estado Islâmico. Sob a cobertura aérea russa, forças iranianas e a milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus) lideram a ofensiva terrestre.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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