Um intenso bombardeio da Força Aérea da Rússia e de forças aliadas à ditadura de Bachar Assad destruiu cinco clínicas e hospitais e duas escolas em regiões da Síria dominadas por rebeldes. Pelo menos 50 pessoas morreram.
Com a expectativa de um cessar-fogo na próxima sexta-feira, que parece cada vez mais ameaçado, o regime trata de consolidar suas posições no campo de batalha.
A maioria das mortes aconteceu no Norte da Síria, na batalha pelo controle de Alepo, a segunda cidade mais importante do país. Quatorze pessoas foram mortas por mísseis que atingiram uma escola usado como abrigo para refugiados internos na cidade de Azaz, perto da fronteira com a Turquia.
Um dos hospitais era da organização não governamental Médicos sem Fronteiras (MsF), que havia sido alvo de um bombardeio dos Estados Unidos no Afeganistão. Ficava em Marat Numan, na província de Idlibe, no Noroeste da Síria.
"Houve pelo menos sete mortes de funcionários e pacientes e pelo menos oito funcionários dos MsF estão desaparecidos", declarou na França o presidente da ONG, Mego Terzian.
Os ataques a hospitais violam o direito internacional, mas tanto o governo sírio quanto os rebeldes foram acusados de fazer isso na guerra civil síria, que completa cinco anos em 15 de março de 2016.
Desde então, pelo menos 260 mil pessoas foram mortas, 470 numa estimativa mais pessimistas. Sem uma trégua, os rebeldes se negam a participar das negociações previstas para iniciar em 25 de fevereiro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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