quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Compra de votos mina candidatura de milionário à Presidência do Peru

O milionário César Acuña estava em segundo lugar nas pesquisas sobre o primeiro turno da eleição presidencial no Peru, marcado para 10 de abril de 2016. Pode cair fora por compra de votos.

Na segunda-feira, o Escritório Nacional de Processos Eleitorais abriu investigação sobre imagens apresentadas na TV Panorama em que Acuña oferece 10 mil sóis (US$ 2,8 mil ou R$ 12.424) para comerciantes de um mercado de Lima reconstruírem um muro de contenção e protegerem suas casas de avalanche de pedra e lama.

"Quero dividir o que Deus me deu para ajudar o muro de vocês", disse Acuña na ocasião.

A lei eleitoral peruana proíbe doações em dinheiro aos eleitores. Em outro trecho da reportagem, o empresário, dono de três universidades, com uma renda anual declarada de US$ 16 milhões, oferece 5 mil sóis (US$ 1,4 mil ou R$ 6.212).

Em primeiro lugar nas pesquisas, com 35% das preferências, está a ex-deputada Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, preso e condenado a 25 anos de cadeia por corrupção e violações dos direitos humanos.

O segundo colocado é o economista Julio Guzmán (17%), seguido pelo economista e ex-primeiro-ministro Pedro Pablo Kuczynski (11%). Com o escândalo da compra de votos, Acuña desabou para 8%.

O atual presidente, Ollanta Humala, não pode concorrer à reeleição. Se nenhum candidato conquistar mais da metade dos votos válidos, o que é praticamente certo, haverá um segundo turno em 5 de junho.

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