O milionário César Acuña estava em segundo lugar nas pesquisas sobre o primeiro turno da eleição presidencial no Peru, marcado para 10 de abril de 2016. Pode cair fora por compra de votos.
Na segunda-feira, o Escritório Nacional de Processos Eleitorais abriu investigação sobre imagens apresentadas na TV Panorama em que Acuña oferece 10 mil sóis (US$ 2,8 mil ou R$ 12.424) para comerciantes de um mercado de Lima reconstruírem um muro de contenção e protegerem suas casas de avalanche de pedra e lama.
"Quero dividir o que Deus me deu para ajudar o muro de vocês", disse Acuña na ocasião.
A lei eleitoral peruana proíbe doações em dinheiro aos eleitores. Em outro trecho da reportagem, o empresário, dono de três universidades, com uma renda anual declarada de US$ 16 milhões, oferece 5 mil sóis (US$ 1,4 mil ou R$ 6.212).
Em primeiro lugar nas pesquisas, com 35% das preferências, está a ex-deputada Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, preso e condenado a 25 anos de cadeia por corrupção e violações dos direitos humanos.
O segundo colocado é o economista Julio Guzmán (17%), seguido pelo economista e ex-primeiro-ministro Pedro Pablo Kuczynski (11%). Com o escândalo da compra de votos, Acuña desabou para 8%.
O atual presidente, Ollanta Humala, não pode concorrer à reeleição. Se nenhum candidato conquistar mais da metade dos votos válidos, o que é praticamente certo, haverá um segundo turno em 5 de junho.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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