O rei Felipe VI pediu hoje ao líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Pedro Sánchez, para formar o próximo governo da Espanha, noticiou o jornal El País. O conservador Partido Popular, do atual primeiro-ministro Mariano Rajoy, foi o mais votado, mas ele disse ao rei que não conseguiria articular uma maioria absoluta no Parlamento.
Com o surgimento de novos partidos como o esquerdista Podemos e o centro-direitista Cidadãos depois da forte crise econômica que elevou o desemprego a mais de 25%, as eleições parlamentares de 20 de dezembro de 2015 produziram um Parlamento fragmentado. Foi o fim do bipartidarismo em vigor na prática. Desde 1982, o PSOE e o PP se alternaram no poder.
O líder socialista prometeu conversar com "a direita e a esquerda", mas descartou a possibilidade de um acordo com o PP, que na sua opinião seria "recompensar a corrupção", e com os partidos a favor da independência da Catalunha.
"A mudança não é patrimônio de nenhum partido nem líder político e, sim, de milhões de cidadãos", afirmou Sánchez, comprometendo-se a formar um "governo de mudança, progressista e reformista".
É um recado em parte dirigido a Pablo Iglesias, líder do Podemos, que colocou a realização de um referendo sobre a independência da Catalunha entre as exigências para participar do governo. Para Sánchez, a integridade da Espanha é inegociável.
Se Podemos e Cidadãos não acabarem com o veto recíproco, o PSOE também não terá condições de formar um novo governo na Espanha.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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