Por causa da seca na maior parte da Somália, cerca de 4,7 milhões de pessoas, 38% da população do país, correm risco de passar fome, advertiu ontem a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), citada pelo jornal Latin American Herald Tribune.
Uma pesquisa de campo realizada pela Unidade de Análise da Nutrição e Segurança Alimentar na Somália e a Rede de Sistemas de Alerta Antecipado da Fome revela que 931 mil somalianos estão passando fome. A maioria é de desalojados pela longa guerra civil.
Para o diretor da FAO na Somália, Richard Trenchard, considerou a situação "terrível" e previu que deve piorar nas regiões da Puntlândia e da Somalilândia, onde a estação das chuvas começa no fim de março ou início de abril.
Entre a população mais ameaçada, mais de 300 mil são crianças, das quais cerca de 60 mil podem morrer em curto prazo. Pelos cálculos da FAO, serão necessário US$ 885 milhões em 2016 para evitar o ressurgimento da tragédia da fome em grande escala na Somália.
Desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, em 1991, a Somália vive em estado de anarquia, sem governo estável. Além da seca e da miséria, o país é assolado pela revolta da milícia jihadista Al Chababe (A Juventude), ligada à rede terrorista Al Caeda.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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