Cerca de 50 terroristas da milícia extremista muçulmana Al Chababe (Os Jovens ou A Juventude) atacaram uma mina na região de Mandera, no Norte do Quênia, e mataram os 36 mineiros não muçulmanos.
Foi uma vingança por um ataque das Forças Armadas quenianas a um acampamento do grupo no Sul da Somália depois de uma ação dos jihadistas contra um ônibus, no mês passado, quando 28 não muçulmanos foram mortos.
A ação mais espetacular dos Chababe foi de 21 a 24 de setembro de 2013, quando pistoleiros atacaram o centro comercial de Westgate, cheio de lojas de artigos de luxo frequentadas pela elite queniana, na capital, Nairóbi, matando 67 pessoas e ferindo outras 175.
Essa sequência de ataques e contra-ataques é causada pela participação do Quênia há quatro anos na missão de paz da União Africana, que tem mandato das Nações Unidas para apoiar o governo provisório da Somália, maior inimigo da milícia, aliada à rede terrorista Al Caeda.
Sem governo estável desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, em 1991, a Somália vive há décadas em estado de anarquia, onde proliferaram grupos armados irregulares. Al Chababe é hoje o mais poderoso de todos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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