Acidificação dos oceanos pelo gás carbônico ameaça corais
Além de provocar o aquecimento da Terra, o aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera está acidificando os oceanos. Isto ameaça matar os corais de águas frias encontrados nas periferias das plataformas continentais. Outra forma de vida em perigo é o plâncton, aquela fina camada de vida microscópica que vive em suspensão junto à superfície das águas. É uma parte fundamental da cadeia alimentar dos seres aquáticos.
O alerta para o risco que correm os corais partiu de Ulf Riebesell, pesquisador do Instituto de Ciências do Mar da Universidade de Kiel no Mar Báltico: “Os corais de águas frias podem ser as primeiras vítimas da acidificação dos mares”, advertiu esta semana em artigo publicado na revista Frontiers in Ecology and the Environment, publicada pela Sociedade Ecológica da América.
No mesmo estudo, pesquisadores chefiados por John Guinotte Instituto de Preservação da Biologia Marinha de Bellevue, Washington, estimam que 70% dos atuais habitantes dos recifes de coral não suportem as mudanças ambientais que devem ocorrer até o final do século.
“Imagine jogar ácido clorídrico sobre giz”, supõe o professor Andre Freiwald, da Universidade de Erlangem-Nurembergue. “O giz será desintegrado imediatamente. O mesmo pode acontecer com os corais.”
À medida que aumenta a concentricão de gás carbônico na atmosfera por causa de queima de combustíveis fósseis como carvão, gás e petróleo, cerca de um terço deste gás é absorvido pelos oceanos. “Se as emissões de gás carbônico continuarem neste ritmo, teremos os oceanos mais ácidos dos últimos 300 milhões de anos. Já há uma mudança sensível no pH (índice de acidez) e a expectativa é que a situação se deteriore ainda mais até 2100”.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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