sábado, 4 de novembro de 2017

Fitch rebaixa nota de crédito da dívida pública da Venezuela

Diante do pedido de renegociação feito na quinta-feira pelo ditador Nicolás Maduro, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou ontem a nota de crédito da dívida soberana da Venezuela de CC para C, por considerar alta a possibilidade de um calote, noticiou hoje o jornal The Latin American Herald Tribune.

O regime chavista da Venezuela pagou em 2 de novembro US$ 1,121 bilhão a investidores que compraram bônus da companhia estatal Petróleos de Venezuela (PdVSA), mas está devendo mais de US$ 800 milhões de juros.

Em meio à pior crise econômica de sua história, resultado das políticas desastrosas do "socialismo do século 21" e da queda nos preços do petróleo, a Venezuela está falida, com inflação que pode chegar a 1.200% ao ano, queda de quase 20% no produto interno bruto nos últimos dois anos, desabastecimento generalizado e dólar subindo todo o dia no mercado paralelo

Até agora, Maduro vinha honrando os compromissos com o mercado financeiro internacional, mas o calote anunciado chegou. Por incrível que pareça, no país com as maiores reservas mundiais de petróleo, as reservas cambiais em moedas fortes caíram em novembro para US$ 10 bilhões. As dívidas venezuelanas são estimadas entre US$ 100 bilhões e US$ 150 bilhões.

Uma das maiores credoras da Venezuela, a China, manifestou a confiança de que o país honre suas obrigações financeiras depois de reestruturar a dívida. A China e a Rússia sustentam a ditadura de Maduro em face das sanções impostas pelos Estados Unidos.

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