quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Juíza decreta prisão de todo o governo deposto da Catalunha

A juíza Carmen Lamela decretou hoje a prisão incondicional, sem direito a fiança, do ex-vice-governador da Catalunha, Oriol Junqueras, e dos ex-conselheiros (secretários de governo) Jordi Turull, Raúl Romeva, Josep Rull, Dolors Bassa, Meritxell Borrás, Joaquim Forn e Carles Mundó. 

A única exceção é o ex-conselheiro Santi Vila, apontado como provável futuro governador regional depois das eleições de 21 de dezembro. Ele poderá ficar solto se pagar 50 mil euros (R$ 190 mil) de fiança, noticiou o jornal La Vanguardia, de Barcelona.

Ao justificar a decisão, a juíza alegou haver alto risco de que continuem cometendo crimes, alta probabilidade de destruição de provas e risco de que fujam da Espanha, a exemplo do que fizeram o ex-governador Carles Puigdemont e quatro secretários que estão em Bruxelas na Bélgica. Há um mandado de prisão europeu de prisão contra eles.

Todos são acusados de rebelião, sedição e malversação de fundos públicos na tentativa de promover a independência da Catalunha. A pena para rebelião é de até 30 anos de prisão.

A mesma juíza mandou prender dois líderes de movimentos sociais pela independência da Catalunha, Jordi Sànchez, da Assembleia Nacional Catalã (ANC), e Jordi Cuixart, da Òmnium, por destruir carros da polícia e impedir o trabalho da Guarda Civil durante a preparação do plebiscito ilegal realizado em 10 de outubro. Eles são considerados presos políticos pelo movimento separatista.

Os dois maiores partidos políticos do país, o Partido Popular (PP), de Rajoy, e o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), o maior da oposição, pediram respeito à decisão em nome da independência do Poder Judiciário.

Com certeza, as prisões vão inflamar o movimento pela independência e agravar a tensão, no fim da primeira semana de intervenção do governo central espanhol na Catalunha.

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