O chefe do Comando Estratégico, responsável pelas armas nucleares dos Estados Unidos, general-brigadeiro John Hyten, admitiu no sábado que pode rejeitar uma ordem de ataque de Donald Trump ou outro presidente, se esta ordem for "ilegal".
"Se for ilegal, adivinhem o que vai acontecer. Vou dizer: 'Senhor Presidente, isto é ilegal.' Ele vai perguntar o que seria legal. E eu vou apresentar opções, com base em múltiplas capacidades para responder a qualquer situação. É desse jeito que funciona", declarou o brigadeiro Hyten no Fórum de Segurança Internacional de Halifax, a capital da província da Nova Escócia, no Canadá.
A questão está na ordem do dia por causa das ameaças de um bombardeio nuclear da Coreia do Norte contra os EUA e seus aliados no Leste da Ásia. Hyten revelou ter discutido com Trump possíveis respostas às provações norte-coreanas.
No início do mês, ao depor diante da Comissão de Relações Exteriores do Senado, o general-brigadeiro Robert Kehler, chefe do Comando Estratégico e 2011 a 2013, afirmou que as Forças Armadas dos EUA tem a obrigação de cumprir apenas da ordens legais.
"Eu penso que algumas pessoas pensam que somos estúpidos. Não somos pessoas estúpidas. Pensamos muito sobre essas coisas. Quando você tem esta responsabilidade, como não pensar a respeito?", comentou Kehler, acrescentando que não obedeceria a uma ordem ilegal: "Você pode ir para a cadeia pelo resto de sua vida." Ou explodir o mundo num holocausto nuclear.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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