quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Primeiro-ministro Saad Hariri volta ao Líbano e suspende demissão

Dezoito dias depois de anunciar sua demissão pela TV na Arábia Saudita denunciando tentativas de assassinato, o primeiro-ministro Saad Hariri anunciou hoje que suspende sua decisão para discutir o futuro do Líbano com outros líderes políticos.

Hariri voltou ontem a Beirute para participar hoje das comemorações da independência do Líbano, em 1943. A percepção no Líbano é que ele pediu demissão a pedido do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed ben Salman, para pressionar a milícia extremista muçulmana xiita Hesbolá (Partido de Deus), financiada, armada e treinada pelo Irã.

A demissão aumentou a tensão no Líbano, apesar da luta constante do país para não ser contaminado pela guerra civil na vizinha Síria. O líder do Hesbolá, xeique Hassan Nasrallah, e seu aliado, o presidente Michel Aoun, acusaram o regime saudita de sequestrá-lo.

Antes de voltar, Saad Hariri foi à França, a antiga potência colonial, e ao Egito.

Por um acordo para a divisão do poder no Líbano, o presidente é cristão, o primeiro-ministro muçulmano sunita e o presidente do Parlamento muçulmano xiita.

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