quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Espanha pede prisão de Puigdemont e quatro secretários

A Procuradoria-Geral da Espanha pediu hoje à Justiça que ordene a busca e a captura do governador deposto da Catalunha, Carles Puigdemont, e de quatro ex-conselheiros (ex-secretários de governo), Clara Ponsatí, Meritxell Serret, Antoni Comin e Lluís Puig, informou o jornal La Vanguardia, de Barcelona. 

Eles fugiram para a Bélgica e se negaram a depor na Justiça, onde são acusados de rebelião, sedição e malversação de recursos públicos por causa do movimento pela independência catalã, rejeitado pelo governo central espanhol. A juíza Carmen Lamela emitiu mandado de prisão europeu.

"É fato notório e publicamente conhecido sua citação para comparecer ao juízo e prestar declarações como investigados", argumentou a procuradoria. "Constam reiteradas tentativas de entregar a citação em seus domicílios, assim como reiteradas chamadas telefônicas nas quais foram omissos."

A petição alega: "De sua parte, Carles Puigdemont manifestou publicamente sua intenção de não comparecer e solicitou, como também fizeram Comin e Serret, para fazer a declaração por videoconferência, sem oferecer dado algum sobre o atual paradeiro. Portanto, se pede ao juízo que ordene sua busca, captura e detenção em âmbito nacional e internacional."

O governo regional foi destituído pelo primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, com base no artigo 155 da Constituição da Espanha, por convocar e realizar um plebiscito ilegal sobre a independência da Catalunha em 1º de outubro e pela subsequente declaração de independência feita pelo Parlament na quinta-feira passada.

Rajoy convocou eleições regionais antecipadas para 21 de dezembro. Puigdemont e os partidos independentistas concordaram em participar. Querem transformar o pleito num plebiscito sobre a independência.

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