O câncer de intestino grosso, a doença de Crohn e outros problemas intestinais podem ser tratados e prevenidos com a descoberta da relação entre inflamação e um processo comum nas células, concluiu uma pesquisa da Universidade de Warwick, no Reino Unido.
A autofagia, que rendeu o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 2016, é um processo essencial à vida pelo qual as células desmantelam e reciclam células defeituosas e outras substâncias prejudiciais à saúde. Quando descontrolada, causa inflamações nos tecidos capazes de provocar doenças, principalmente no intestino.
Pela primeira vez, os cientistas identificaram uma proteína regulada pela autofagia chamada Kenny. Ela contém aminoácidos que a dividem no processo normal de autofagia. Se ela se acumular, causa inflamação.
Depois de tornar Kenny fluorescente, os pesquisadores observaram sua atuação a nível microscópico em moscas-de-frutas. Uma autofagia descontrolada provoca inflamações e doenças, reduzindo a vida das moscas à metade.
Alguns alimentos - romãs, uvas vermelhas, peras, cogumelos, lentilhas e soja - contêm substâncias naturais capazes de ativar corretamente a autofagia, contribuindo assim para evitar inflamações e doenças intestinais, revelou a pesquisa.
O estudo chefiado pelo Dr. Ioannis Nexis, da Escola de Ciências da Vida da Universidade de Warwick, deve levar a novos tratamentos para o câncer de intestino grosso, a síndrome do intestino irritável, a doença de Crohn e a colite ulcerativa, entre outras moléstias.
A pesquisa foi financiada pelo Conselho de Pesquisas em Ciências Biológicas e Biotecnologia. Será publicada na revista científica Nature Communications.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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