sexta-feira, 3 de novembro de 2017

EUA geram mais 261 mil empregos e desemprego cai a 4,1%

O mercado de trabalho dos Estados Unidos teve uma forte recuperação em outubro, com o fim do impacto econômico da temporada de furacões no Mar do Caribe e dos incêndios florestais na Califórnia. Gerou 261 mil postos de trabalho a mais do que fechou, anunciou hoje o Departamento do Trabalho. 

A taxa de desemprego, medida em outra pesquisa, caiu para 4,1%. É a menor desde agosto de 2001, antes dos atentados de 11 de setembro.

Mesmo assim, os economistas esperavam ainda mais, um saldo positivo de 315 mil vagas de emprego. O resultado de setembro, que seria a primeira queda no emprego desde 2010, foi revisado para 18 mil vagas abertas a mais do que fechadas. Agosto também foi revisado para cima, de 169 mil para 208 mil empregos.

O setor de bares e restaurantes foi o mais atingido pelos furacões Harvey e Irma. Criou 89 mil vagas em outubro, depois de fechar 98 mil em setembro.

"Sob a superfície de altas e baixas no número mensal de contratações, a economia dos EUA vai indo muito bem pela maioria das medidas", comentou Mark Hamrick, analista econômico sênior na consultoria Bankrate.com. "Há uma boa chance de termos três trimestres seguidos com crescimento em ritmo de 3% ao ano, inclusive neste último trimestre do ano."

Nos últimos três meses, a média de geração de empregos ficou em 162 mil, levemente abaixo dos 168 mil da média desde o início de 2017.

Os salários desapontaram. Cresceram apenas 2,4% nos últimos 12 meses.

Ao mesmo tempo, "a taxa de desemprego caiu por causa há menos pessoas na força de trabalho", observou o economista Gus Faucher, do banco virtual PNC. A participação no mercado de trabalho, a força de trabalho, caiu 0,4 ponto percentual em outubro para 62,7% do total de pessoas aptas em idade de trabalhar.

O índice de desemprego é estimado pela pesquisa nacional por amostra de domicílios. Mede o número de americanos empregados e não o número de vagas de emprego. Em outubro, havia 484 mil pessoas empregadas, depois de uma alta de 906 mil em setembro.

A maior economia do mundo vive um momento de euforia, com recordes batidos com frequência pelo Índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, graças à desregulamentação e aos cortes de impostos anunciados pelo governo Donald Trump. Uma pesquisa da entidade empresarial Conference Board revela que a confiança dos americanos está no nível mais alto em 17 anos.

A maior dúvida é se Trump vai conseguir manter o equilíbrio fiscal a longo prazo ao cortar, por exemplo, a alíquota do imposto de renda das empresas de 35% para 20%. O objetivo é repatriar o capital de grandes empresas americanas ganho no exterior e guardado fora do país para evitar a taxação.

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