segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Atirador comprou arma porque Força Aérea dos EUA não avisou o FBI

O atirador Devin Patrick Kelley só conseguiu comprar o fuzil semiautomático com que matou 26 pessoas no domingo na Primeira Igreja Batista de Sutherland Springs, no Texas, porque a Força Aérea não avisou o FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal dos Estados Unidos, que ele havia sido preso, condenado e expulso com desonra por agredir a mulher e o filho, noticiou o jornal The Washington Post.

Kelley foi condenado a um ano de prisão fechada em 2014, quando servia na Base Aérea de Holloman, no estado do Novo México, e morreu ontem, quando era perseguido por dois homens armados, aos 26 anos. Como ele tinha ameaçado a sogra, a polícia do Texas acredita que foi um problema doméstico, sem qualquer motivação política, racista ou religiosa.

"As informações iniciais indicam que o crime de violência doméstica de Kelley não foi registrado no banco de dados do Centro Nacional de Informações Criminais", reconheceu a porta-voz da Aeronáutica, Ann Stefanek. A secretária da Força Aérea, Heather Wilson, e o chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, general David Goldfein, presidem a investigação.

A loja Academy Sports confirmou hoje ter vendido duas armas a Kelley depois que seus antecedentes foram aprovados, de acordo com a lei federal no ano passado e neste. Se a Força Aérea tivesse avisado o FBI, ele não poderia comprar armas nem coletes à prova de bala.

Todo vestido de preto e com colete à prova, Kelley entrou na pequena congregação da vila de apenas  e abriu fogo um um rifle semiautomático Ruger AR-556. Entre os mortos, havia 14 crianças e uma mulher grávida. Outras 20 pessoas saíram feridas.

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