Durante visita à Coreia do Sul, na segunda etapa de uma viagem à Ásia, o presidente Donald Trump abandonou o discurso agressivo e admitiu negociar, se a Coreia do Norte "vier à mesa" e "fizer um acordo", noticiou o jornal americano Chicago Tribune.
Em uma Coreia do Sul dividida, onde é extremamente impopular por aumentar o risco de uma nova guerra da Coreia, Trump deixou as ameaças de lado. Na primeira escala, no Japão, havia dito que "a paciência estratégica com a Coreia do Norte acabou".
Hoje, adotou um tom conciliatório: "Faz sentido para a Coreia do Norte vir para a mesa e fazer um acordo que seja bom para o povo norte-coreano e para o mundo", declarou o presidente americano na entrevista coletiva em Seul, ao lado do presidente sul-coreano Moon Jae In.
Trump não deixou de citar a forte presença militar dos Estados Unidos na região, com três grupos navais liderados por porta-aviões e um submarino nuclear perto da Península Coreana: "Esperamos por Deus nunca ter se usá-los".
Depois de testes de armas nucleares e mísseis, Trump ameaçou responder com "fogo e fúria" às provocações do ditador Kim Jong Un, que chama de Pequeno Fogueteiro. Agora, lembrou que ele está "ameaçando milhões e milhões de pessoas desnecessariamente".
Um dos principais objetivos da viagem à Ásia é alistar os países da região, especialmente a China e a Rússia, na luta pela desnuclearização da Coreia do Norte, cortando as relações econômicas com a ditadura stalinista de Pionguiangue.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
terça-feira, 7 de novembro de 2017
Trump mostra disposição para negociar com a Coreia do Norte
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