Seis meses depois de sua impressionante vitória nas urnas, só 35% dos franceses aprovam a atuação do jovem presidente Emmanuel Macron, indica uma pesquisa do instituto Harris Interactive divulgada ontem pelo canal de televisão France 2. Em comparação, 32% estão "mais descontentes" e 27% "muito descontentes".
Macron, de centro-direita, mantém o apoio de 80% dos que votaram nele no primeiro turno, em 23 de abril. Entre os eleitores da ultradireitista Marine Le Pen, do esquerdista radical Jean-Luc Mélenchon e do socialista Benoît Hamon, a rejeição é maciça. O eleitorado conservador de François Fillon se dividiu: 51% aprovam Macron, enquanto 47% estão insatisfeitos.
A maioria dos franceses (52%) gostou do fim da cobrança do imposto predial para 80% dos proprietários de imóveis, mas 45% são contra o aumento da contribuição social geral, 41% contra a redução do imposto sobre fortunas e 35% contra a reforma trabalhista.
Essas reformas destinadas a aumentar o dinamismo da economia da França, a sexta maior do mundo, estimular o investimento e a geração de empregos deram a impressão, reforçada pela propagada da extrema direita e da esquerda, de que Macron é um "presidente dos ricos".
Mais de 60% dos franceses entendem que as políticas de Macron favorecem os mais ricos. Só 7% disseram que ele beneficia mais a classe média e 3% que ajuda mais aos pobres.
Enquanto mais da metade confia no chefe de Estado para "garantir um papel importante para a França a nível internacional" e "garantir a segurança da França", só 27% esperam um aumento do seu poder de compra.
A pesquisa consultou 1.817 pessoas via Internet em 2 e 3 de novembro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
domingo, 5 de novembro de 2017
Popularidade de Macron cai a 35% seis meses depois da eleição
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