sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Assembleia Nacional da Venezuela rejeita emergência econômica

A Assembleia Nacional da Venezuela, sob o controle da oposição depois de 17 anos de maioria chavista, deve rejeitar hoje o decreto do presidente Nicolás Maduro declarando estado de emergência econômica por 60 dias, o que lhe permitiria governar por decreto sem a necessidade de aprovação parlamentar, declarou o presidente da AN, deputado Henry Ramos Allup.

Maduro afirma que a medida é necessária para estabilizar a economia do país, que sofreu uma recessão de 10% no ano passado, enfrenta a maior inflação do mundo, de 270% ao ano de acordo com informações vazadas do Banco Central, e desabastecimento de 87% dos produtos básicos.

Além das políticas equivocadas do "socialismo do século 21" herdadas do finado caudilho Hugo Chávez, a economia venezuelana, totalmente dependente do petróleo, sofre com a queda de 70% nos preços internacionais do produto desde junho de 2014.

O decreto de Maduro foi considerado legal pelo Tribunal Supremo de Justiça, dominado pelo chavismo.

NOTA: Por 108 a 54, a Assembleia Nacional rejeitou o decreto. Para o líder da bancada oposicionista da Unidade Democrática, deputado Julio Borges, "lamentavelmente o decreto era mais do mesmo", uma repetição das políticas econômicas fracassadas que geraram a crise.

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