A Assembleia Nacional da Venezuela, sob o controle da oposição depois de 17 anos de maioria chavista, deve rejeitar hoje o decreto do presidente Nicolás Maduro declarando estado de emergência econômica por 60 dias, o que lhe permitiria governar por decreto sem a necessidade de aprovação parlamentar, declarou o presidente da AN, deputado Henry Ramos Allup.
Maduro afirma que a medida é necessária para estabilizar a economia do país, que sofreu uma recessão de 10% no ano passado, enfrenta a maior inflação do mundo, de 270% ao ano de acordo com informações vazadas do Banco Central, e desabastecimento de 87% dos produtos básicos.
Além das políticas equivocadas do "socialismo do século 21" herdadas do finado caudilho Hugo Chávez, a economia venezuelana, totalmente dependente do petróleo, sofre com a queda de 70% nos preços internacionais do produto desde junho de 2014.
O decreto de Maduro foi considerado legal pelo Tribunal Supremo de Justiça, dominado pelo chavismo.
NOTA: Por 108 a 54, a Assembleia Nacional rejeitou o decreto. Para o líder da bancada oposicionista da Unidade Democrática, deputado Julio Borges, "lamentavelmente o decreto era mais do mesmo", uma repetição das políticas econômicas fracassadas que geraram a crise.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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