Depois de advertir as mulheres grávidas na sexta-feira a não viajar a 14 países atingidos pelo vírus zika, o Centro de Controle de Doenças (CDC, do inglês) dos Estados Unidos anunciou ontem uma série de medidas para evitar a propagação da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que provoca microcefalia, o subdesenvolvimento e má formação do cérebro, noticiou a agência Reuters.
Não há vacina para impedir o contágio pelo vírus zika e 80% das pessoas contaminadas não têm sintoma algum, dificultando o controle. O alerta sobre o surto de microcefalia começou no Nordeste do Brasil, onde a incidência do problema aumentou 24 vezes.
O CDC aconselha os médicos a perguntarem para as mulheres grávidas se viajaram ao exterior. Quem esteve em países infectados e apresentou sintomas deve fazer um teste para infecção pelo zika. Quem tiver resultado positivo será encaminhada para fazer uma ultrassonografia para examinar o tamanho do cérebro e um exame para conferir a presença de cálcio na caixa craniana do feto, dois indicadores de microencefalia.
Se as suspeitas persistirem, as grávidas devem fazer uma amniocentese, uma punção do líquido amniótico para confirmar a presença do vírus. A ultrassonografia deve ser repetida a cada três ou quatro semanas para monitorar a evolução da caixa craniana.
Como não há tratamento para microcefalia e os EUA permitem o aborto, quem detectar o problema nos estágios iniciais da gestação tem a opção de interromper a gravidez, observou a médica Laura Riley, presidente da Sociedade para a Medicina Maternal e Fetal.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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