Em mais um atentado contra o patrimônio histórico e cultural da humanidade, a organização
terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante destruiu o mais antigo mosteiro cristão do Iraque, que tinha 1.400 anos.
Como a fortaleza que foi no passado, o Mosteiro de Santo Elias, de 2.500 metros quadrados, ficava sob uma colina próxima de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, ocupada pelo Estado Islâmico desde junho de 2014. Estava parcialmente restaurado.
Embora o teto estivesse destruído, o mosteiro tinha 26 salas distintas, entre elas um santuário e uma capela. Foi usado como local de oração por soldados dos Estados Unidos durante a invasão do Iraque.
As imagens de satélite mostram hoje apenas um monte de poeira cinza. "As paredes de pedra foram literalmente pulverizadas", observou o analista de imagens Stephen Wood, diretor-presidente da empresa Allsource Analysis. "Retroescavadeiras, equipamento pesado e possivelmente explosivos transformaram aquelas paredes de pedra nesta poeira cinzenta. Eles o destruíram completamente."
Antes do mosteiro, o Estado Islâmico atacou outras cidades históricas, como Nimrod e Hatra, e as ruínas de Nínive, no Iraque; e Pamira, na Síria. Além de destruir templos e imagens consideradas profanas por sua versão radical do Islã, os jihadistas vendem relíquias históricas no mercado negro de antiguidades.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário