sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Regime comunista do Laos anuncia mudança de liderança

O Partido Comunista do Laos, no poder desde 1975, anunciou hoje a composição do novo Comitê Central. Tanto o atual o presidente do país e secretário-geral do partido, Choummaly Sayasone, nestes cargos desde 2006, quanto o primeiro-ministro Thongsing Thammavong, estão fora. Isso indica uma mudança de liderança, informou a agência Reuters.

A expectativa é que o atual vice-presidente, Bounnhang Vorachit, seja o novo líder do partido, enquanto a presidente da Assembleia Nacional e ex-presidente do Banco Central, Pany Yathotu, é a favorita para chefiar o governo. A troca de liderança do PC a cada dez anos, a exemplo do que adotou a China, cria uma certa ordem na luta interna pelo poder.

Com o apoio da cada vez mais rica e poderosa vizinha China, o Laos, um dos países mais pobres do Sudeste Asiático, investe na modernização da infraestrutura e na construção de barragens.

Nos últimos anos, o país se apresenta como um corredor entre a China e o Sudeste Asiático para aproveitar o desenvolvimento econômico dos vizinhos. A competição entre China, EUA, Índia e Japão por influência na região aumenta o poder de barganha do Laos, historicamente tratado como uma quase colônia ou zona de segurança, contribuindo para seu isolamento e subdesenvolvimento.

Cercado por montanhas e vizinhos poderosos como a China, o Vietnã, o Camboja, Mianmar e a Tailândia, desde que se tornou independente no século 14, foi objeto de invasões do Vietnã, a leste; do reino de Mianmar, ao norte; do Sião (hoje Tailândia), a oeste; e do colonialismo francês de 1893 a 1954. Sempre dependeu dos vizinhos para proteção, acesso ao mar e comércio.

Do fim da Indochina Francesa até o fim dos anos 1980s, o Vietnã foi essa potência regional. A partir de então, o governo de Vientiane tenta diversificar a economia e ter uma política externa mais independente.

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