O ano passado bateu 2014 e foi o ano mais quente desde que os dados começaram a ser compilados, em 1880, anunciaram hoje duas agências do governo dos Estados Unidos, a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA) e a Administração Nacional de Atmosfera e Oceanos (NOAA), informou o jornal The Washington Post.
"2015 é de longe o ano recordista de todos os conjuntos de dados sobre temperatura", declarou o diretor do Instituto Goddard para Estudos Espaciais da NASA. "Isso sublinha o fato de que o planeta está realmente se aquecendo, não há mudança no ritmo de aquecimento a longo prazo e nós sabemos por quê."
De acordo com inúmeras pesquisas corroboradas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC, do inglês), formado pelas Nações Unidas com cientistas do mundo inteiro, a atividade humana e o aumento das emissões de gás carbônico são responsáveis pelo aquecimento global.
Pelos cálculos da NASA, 2015 foi 0,13 graus centígrados mais quente do que 2014. A NOAA considerou a situação ainda pior, com aumento de temperatura de 0,16º C. Dos 16 anos mais quentes da história, 15 são do século 21, observou a NASA.
"Muitas vezes, quando você olha esses números e quebra um recorde, você quebra por centésimos de grau", comentou o diretor do Centro Nacional para Informação Ambiental da NOAA, Thomas Karl. "Mas esse recorde foi literalmente esmagado. É mais de um quarto de grau Fahrenheit e isso é muito para a temperatura global."
O IPCC já constatou um aumento de 0,85ºC na temperatura média do planeta desde o início da Revolução Industrial, na segunda metade do século 18. Com o recorde do ano passado, esse número estaria perto de um grau centígrado.
Para evitar efeitos catastróficos do clima do planeta, como mais fenômenos meteorológicos radicais, furacões, tornados, secas e enchentes mais violentos, o IPCC recomenda redução de emissões dos gases que agravam o efeito estufa para conter o aquecimento em 2ºC.
Na Conferência da ONU sobre Mudança do Clima realizada em Paris em dezembro de 2015, pela primeira vez, quase todos os países do mundo apresentaram metas voluntárias de redução de emissões. Ainda é muito pouco.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
2015 foi o ano mais quente da história
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