Em carta ao laboratório Gilead, a procuradora-geral do estado de Massachusetts, nos Estados Unidos, pressionou a companhia farmacêutica a baixar o preços dos tratamentos contra a hepatite C com os medicamentos Sovaldi e Harvoni, que custam US$ 84 mil a US$ 94,5 mil, alegando que violam a lei estadual, revelou hoje a agência de notícias Reuters.
"Meu escritório está examinando se a estratégia de preços da Gilead em relação a Sovaldi e Harvoni pode constituir uma prática comercial desleal em violação à lei de Massachusetts", afirmou a procuradora-geral Maura Healey carta de 22 de janeiro.
Healey acusou a política de preços do laboratório de "permitir que a hepatite C continue se propagando entre populações vulneráveis, ao contrário de erradicar a doença, num grande dano ao público."
Ao se defender, a empresa concordou "com a procuradora-geral quanto à importância de ajudar todos os pacientes com hepatite C - e o advento de novos tratamentos seguros e efetivos nos permite agora considerar a possibilidade de erradicar a doença", declarou a porta-voz Amy Flood.
Os dois tratamentos permitem curar 90% dos casos de hepatite C, num grande avanço em relação ao tratamento mais usado atualmente, com base em injeções semanais de interferon peguilado e a ingestão diária de ribaverina durante um período de seis meses. É um tratado difícil, cheio de efeitos colaterais e às vezes ineficiente.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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