Pouco antes do amanhecer hoje no Golfo Pérsico, 10 militares da Marinha dos Estados Unidos detidos ontem pela Guarda Revolucionária do Irã por invadir o mar territorial iraniano, foram libertados e zarparam em seus dois barcos. O Pentágono confirmou que eles foram embarcados em navios da Marinha americana.
"Concluímos que a passagem dos americanos por nossas águas territoriais não foi hostil nem um ato de espionagem", declarou à televisão iraniana o almirante Ali Fadavi, comandante das forças navais da Guarda Revolucionária. A agência de notícias iraniana Fars disse que os EUA pediram desculpas, mas não há indicações de que isso tenha ocorrido.
Navios de guerra dos EUA e do Irã passam perto uns dos outros perto da Ilha Farsi, onde há uma base naval iraniana. A rápida libertação dos marinheiros americanos é consequência da reaproximação entre os dois países desde a assinatura de um acordo para desarmar o programa nuclear iraniano.
A Guarda Revolucionária é contra o acordo nuclear, mas se submeteu à orientação política do presidente Hassan Rouhani de melhorar as relações com Washington. O secretário de Estado americano, John Kerry, falou por telefone com o ministro do Exterior iraniano, Mohamed Javad Zarif, para pedir a libertação dos marinheiros.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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