Um terrorista suicida do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) jogou um trator-bomba contra um posto da Polícia Militar da Turquia na cidade de Dugobayazit, na província de Agri. Dois policiais morreram e 31 saíram feridos, informou a televisão pública britânica BBC.
Desde 24 de julho de 2015, a Turquia bombardeia acampamentos do PKK dos dois lados da fronteira com a Síria e posições do Estado Islâmico do Iraque e do Levante em território sírio. Mas o que parecia ser a entrada definitiva da Turquia na aliança militar liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico pode ser uma jogada eleitoreira do presidente Recep Tayyip Erdogan.
Para obter maioria qualificada na Assembleia Nacional e assim conseguir mais poderes, Erdogan rompeu as negociações de paz com os curdos e ataca o PKK para deslegitimizar o HDP, partido que representa os curdos e obteve 13% dos votos nas últimas eleições, tirando a maioria do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), de Erdogan.
A manobra indica que a Turquia não aderiu plenamente à guerra dos EUA contra o EI e mistura a questão curda. Os curdos já tem autonomia relativa no Norte do Iraque. Se conquistarem uma parte da Síria, poderiam unir os dois territórios para formar o Curdistão, que inevitavelmente reivindicaria soberania sobre o Sudeste da Turquia, onde a imensa maioria da civilização é curda.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
domingo, 2 de agosto de 2015
Curdo mata dois policiais turcos com trator-bomba
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