O governador republicano do Arkansas, nos Estados Unidos, Asa Hutchinson, avisou hoje que não vai assinar a Lei de Restauração da Liberdade Religiosa aprovada por ampla maioria ontem na Assembleia Legislativa do estado para evitar que ela seja usada para discriminar homossexuais, informou o jornal The Washington Post.
Sob pressão da opinião pública, inclusive de boicote econômico, o governador de Indiana recuou ontem e pediu ao Legislativo estadual que mude a lei para deixar claro que as empresas não podem negar serviços a clientes gays.
"Nossa nação está dividida sobre como equilibrar a diversidade da nossa cultura com as tradições e as convicções religiosas firmemente estabelecidas", reconheceu o governador do Arkansas, admitindo que seu próprio filho assinou a petição para mudar a lei.
A forte reação contra a Lei de Restauração da Liberdade Religiosa pegou os deputados do Arkansas de surpresa. Para os defensores deste tipo de leis, elas são necessárias para proteger os direitos das pessoas religiosas. Isso inclui o direito de fazer ou se recusar a fazer algo e também serve para empresas. Eles alegam que não houve discriminação a homossexuais nos 20 estados americanos que aprovaram leis semelhantes.
Já o movimento gay vê essas leis como uma reação conservadora à aprovação em vários estados do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que em breve deve se tornar lei federal. Com base em "objeções de consciência" devidas a convicções religiosas, as empresas poderiam se negar a atender clientes homossexuais, por exemplo, se um casal gay quiser contratar floristas ou quaisquer outros serviços para seu casamento.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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