quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Estudos descobrem como atrasar envelhecimento

Duas pesquisas científicas anunciadas ontem e hoje trazem novas esperanças de retardar o envelhecimento e prolongar a vida saudável.

Cientistas britânicos que investigavam o envelhecimento precoce em crianças descobriram um medicamento capaz de regenerar o ácido desoxirribonucleico (DNA, do inglês) e reduzir e atrasar o declínio na idade avançada.

"Nossa descoberta é um passo importante no tratamento de crianças com progeria e ajudar os idosos a levar vidas sem tantas debilidades", declarou hoje o professor Chris Hutchison, do Instituto de Biofísica da Universidade de Durham, na Inglaterra. "Estamos numa fase inicial, mas há uma possibilidade de ajudar pessoas 70, 80 anos ou mais."

O estudo divulgado na revista acadêmica Human Molecular Genetics descobriu que um fármaco chamado N-acetil cisteína consegue reduzir a presença de moléculas causadoras que danificam as células e o DNA.

Na França, pesquisadores do Instituto de Genômica Funcional conseguiram recuperar a juventude de células doadas por centenários ao fazê-las regredir ao estágio de células-tronco. As conclusões foram publicadas ontem na revista Genes & Development.

As células velhas foram reprogramadas em laboratório para se transformar em células-tronco pluripotentes induzidas (iPSC, do inglês). Desta maneira, recuperaram a juventude e as característas das células-tronco embrionárias, capazes de originar todas as células e tecidos humanos.

Desde 2007, os cientistas conseguem transformar células adultas em células tronco pluripotentes. Agora, a equipe do Dr. Jean-Marc Lemaitre superou um obstáculo a senescência, última etapa do envelhecimento celular.

Primeiro, sua equipe multiplicou células da pele de um homem de 74 anos até que elas parecem de se reproduzir, o indicador da senescência. A seguir, eles usaram seis fatores genéticos de transcrição.

"Os marcadores de idade das células desapareceram e as células-tronco que geramos podem produzir células funcionais de todos os tipos", afirmou Lemaitre.

A experiência foi repetida com células de 92, 94, 96 e até 101 anos. Conclusão: "A idade das células não é barreira para a reprogramação".


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