Com pelo menos mais 47 mortes registradas ontem na guerra do Iraque, cresce a pressão sobre o presidente dos Estados Unidos, George Walker Bush. Os dois presidentes do Grupo de Estudos sobre o Iraque, uma comissão bipartidária que propôs alternativa à fracassa estratégia de Bush, insistiram na abertura de um diálogo com a Síria, de onde viriam homens e armas para a 'guerra santa' e para a insurgência sunita.
Ao depor na Comissão de Relações Exteriores do Senado dos EUA, o ex-secretário de Estado (no governo do pai de Bush) James Baker declarou que o diálogo com a Síria poderia levar o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) a reconhecer Israel, facilitando a paz no Oriente Médio, e cortar o suprimento de armas à milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus).
O co-presidente do grupo de estudos, o ex-deputado democrata Lee Hamilton, observou que a Síria deu vários sinais de que deseja negociar.
Em Ancara, na Turquia, o ministro do Exterior da Síria, Walid al-Moallem, defendeu "a integridade territorial, a soberania e a independência do Iraque", e apelou aos outros países da região a fazer o mesmo. Ele descreveu os problemas de segurança em Bagdá como uma ameaça para todo o Oriente Médio: "O estabelecimento de segurança e estabilidade é vital para todos os países da região".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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