segunda-feira, 5 de junho de 2006

Primeiro-ministro de Israel vai se encontrar com presidente palestino

Durante visita ao Egito, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, vai se encontrar com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, para tentar relançar o processo de paz no Oriente Médio, estagnado com a vitória do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) nas eleições parlamentares palestinas de 25 de janeiro. Principal partido fundamentalista palestino, o Hamas prega a luta armada e a destruição do Estado de Israel.

Ao lado do presidente egípcio, Hosni Mubarak, no balneário de Charm al-Cheik, Olmert prometeu cobrar todos os compromissos assumidos pelos palestinos no plano de paz conhecido como "mapa do caminho" ou "roteiro de viagem" para a paz, inclusive o desmantelamento dos grupos armados. Será o primeiro encontro de cúpula palestino-israelense desde fevereiro de 2005. A data não foi anunciada.

O líder israelense definiu as negociações como prioriadade, dizendo que a retirada unilateral de parte da Cisjordânia e a fixação unilateral da fronteira por Israel são seu segundo plano.

Ao não reconhecer Israel, o Hamas também não aceita nenhum dos acordos de paz firmados com Israel. Se fizesse isto, estaria reconhecendo Israel. Assim as negociações ficam num beco sem saída.

Abbas deu um ultimato ao Hamas para aceitar um plano de paz baseado na divisão do território histórico da Palestina em dois países, um árabe, outro judaico, a Palestina e Israel. O prazo vence nesta terça-feira. Se o movimento fundamentalista se recusar, o presidente palestino ameaça convocar um referendo para o eleitorado decidir se quer ou não negociar com Israel.

Mubarak rejeitou a proposta do plebiscito. Seria um mau exemplo para sua ditadura no Egito. Disse que os dois grandes partidos palestinos precisam se entender. Os territórios palestinos estiveram à beira da guerra civil por causa da disputa de poder entre o Hamas, que colocou sua própria polícia nas ruas, e a Fatah, de Abbas, fundada por Yasser Arafat, que sempre dominou a incipiente máquina do futuro Estado palestino.

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