Cinco dias depois da morte de Abu Mussab al-Zarkawi, a rede terrorista Al Caeda nomeou um novo líder para suas operações no Iraque, o desconhecido xeque Abu Hamza al-Muhajer, que significa "imigrante", indicando que, como o jordaniano Zarkawi, não é um iraquiano. Como o nome não é conhecido pelos serviços secretos dos Estados Unidos, suspeita-se que seja um pseudônimo.
"O Conselho Consultivo da Caeda na Mesopotâmia uniu-se para eleger o xeque Abu Hamza al-Muhajer como sucessor do xeque Abu Mussab al-Zarkawi. Deus abençoe sua alma no comando da organização", declarou um comunidado divulgado pelos sítios de Internet da rede terrorista.
Para os analistas militares, a guerra não se trava contra um homem só e a maior ameaça da insurgência no Iraque vem dos próprios iraquianos descontentes com a invasão americana. Al Caeda é importante pela extrema violência de seus ataques e por causa de sua guerra global contra os Estados Unidos.
Uma prova disso foi a morte de mais de 20 pessoas em diversos ataques no Iraque nesta segunda-feira.
Seis pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas com a explosão de dois carros-bomba num mercado do Norte de Bagdá. No bairro pobre e predominantemente xiita Cidade al-Sader, na periferia da capital iraquiana, outro carro-bomba matou quatro pessoas e feriu mais 41. Mais um carro-bomba explodiu no mais rico bairro Mansur, também em Bagdá, matando cinco e ferindo outras 15 pessoas. No distrito de Dora, ainda na capital iraquiana, uma bomba destruiu um microônibus com funcionários do Ministério do Petróleo. Seis morreram e outros 12 saíram feridos.
Mais três pessoas morreram em Bagdá atingidas por morteiros disparados contra o bairro residencial de Abudchair. E dois professores foram gravemente feridos quando atiradores dispararam contra o carro onde trafegavam no bairro xiita de Chula, no Noroeste da capital.
Na cidade de Tal Afar, no Noroeste do Iraque, perto da fronteira com a Síria, um carro-bomba foi detonado num posto de gasolina, provocando quatro mortes e ferimentos em outras 42.
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