domingo, 11 de junho de 2006

Al Caeda ameaça realizar grandes ações no Iraque

Para vingar a morte de seu líder Abu Mussab al-Zarkawi, a rede terrorista Al Caeda ameaçou neste domingo realizar “operações em grande escala para abalar o inimigo e roubar seu sono”. Mas autoridades dos Estados Unidos e do Iraque consideraram a ameaça “vazia” e “esperada” diante do golpe sofrido com a morte do terrorista mais procurado do Iraque.

“É mera propaganda”, declarou Mowaffak al-Rubaie, assessor de Segurança Nacional do Iraque. “Eles estão tentando compensar uma grande perda e a desorientação por que estão passando por causa do vácuo de poder dentro d’al Caeda.”

Em documento divulgado pela Internet, o Conselho Consultivo d’al Caeda no Iraque revela ter se reunido “imediatamente após o martírio do emir [príncipe] Abu Mussab al Zarkawi”, decidindo preparar “grandes operações para abalar o inimigo”.

Os médicos militares americanos fizeram a autopsia no cadáver de Zarkawi, que segundo reportagens de dois jornais ingleses teria sido espancado até a morte. Depois de dizer que o terrorista morrera no bombardeio aéreo, os EUA mudaram a versão, afirmando que ele estava vivo quando os soldados americanos chegaram à casa onde ele estava. O general George Casey considerou “ridícula” a alegação de que Zarkawi tenha sido morto a pancadas.

Esta versão sai no jornal dominical inglês The Observer. Os soldados americanos teriam retirado Zarkawi de uma ambulância que o socorria e “batido nele brutalmente até sua morte”.

Já The Sunday Times cita um trabalhador Ali Abbas para reforçar sua versão da morte de Zarkawi: “Os soldados berravam e gritavam, perguntando através de um intérprete: ‘Qual é seu nome?’ Eles rasgaram o manto árabe que o cobria e chutaram o homem ferido no peito até que ele ficou pálido e começpou a expelir sangue pela boca, antes de morrer”.

No Sul do Iraque, pelo menos cinco iraquianos, inclusive uma mulher e uma criança, foram mortos e um soldado britânico ferido num confronto entre o Exército Mehdi, a milícia do aiatolá rebelde Muktada al-Sader e tropas da Grã-Bretanha na cidade de Al-Amara. Diversos foguetes foram disparados contra uma base britânica perto da meia-noite de sábado, provocando a reação britânica.

A Câmara Municipal suspendeu a cooperação com as forças britânicas e exigiu que o governo central iraquiano investigue as mortes.

Apesar da onda de violência, Rubaie previu a retirada da maioria das forças estrangeiras do Iraque até meados de 2008.

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