Horas antes da estréia do Irã na Copa do Mundo contra o México em Nurembergue, onde foram julgados os criminosos da guerra nazistas depois da Segunda Guerra Mundial, líderes políticos e judeus da Alemanha realizaram uma passeata de protesto contra o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que nega o Holocausto e prega a destruição de Israel. Eles querem impedir uma visita do dirigente radical iraniano, que disse que talvez fosse à Copa se o Irã se classificar para a segunda fase, o que parece improvável diante da derrota de 3 a 1 para os mexicanos.
Mais de 1,2 mil pessoas participaram da manifestação. Na sua opinião, não há lugar na Alemanha para quem nega o genocídio dos judeus no período nazista (1933-45). "Dêem um cartão vermelho a Ahmadinejad" e "Longa vida a Israel", diziam alguns cartazes.
O secretário do Interior do governo estadual da Baviera, Günther Beckstein, da conservadora União Social-Cristã (CSU), considerou o protesto uma ação decisiva contra o anti-semitismo: "Estamos mostrando claramente que a Baviera, a Alemanha e o Ocidente estão firmemente ao lado de Israel". E advertiu: "Ahmadinejad não é bem-vindo aqui. A única coisa que o protege de ser preso aqui é o passaporte diplomático. Da mesma maneira como recebemos bem os torcedores e a seleção do Irã, precisamos expressar nosso repúdio a Ahmadinejad."
Um dos líderes da comunidade judaica na Alemanha, Michael Friedman, foi mais longe: "Não podemos saudar o Hitler do século 21."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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