O crescimento acelerado e constante da China a taxas de 10% ao ano ameaça os países vizinhos mais pobres, advertem as Nações Unidas, na medida em que produtos chineses de baixo custo inundam os mercados de vizinhos como Bangladesh e o Butão, prejudicando as indústrias locais e as exportações.
Há anos os países desenvolvidos reclamam que os produtos manufaturados chineses têm uma vantagem injusta no mercado internacional por causa das políticas monetária e cambial da China, sem falar na política trabalhista. O relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) argumenta que o problema é muito mais grave em países pobres que dependem de poucas indústrias de baixo custo.
"Apreciamos o surpreendente crescimento chinês, uma fonte de inspiração para os outros", comentou o secretário-geral adjunto da ONU Hafiz Pasha. Mas ressalvou que os países asiáticos pobres "são vulneráveis à competição das importações chinesas e não conseguem entrar no mercado chinês porque não oferecem o que a China precisa, como produtos de alta tecnologia e bens de capital."
As indústrias chinesas de produtos têxteis, calçados e móveis estão destruindo a concorrência nos países ricos. Mas o risco é muito maior para países pobres. "A China é uma economia de baixos salários e portanto compete diretamente com estes países", observou Pasha, diretor do escritório regional do PNUD para a Ásia e o Pacífico.
Para resolver o problema, ele propõe ajuda aos países pobres para desenvolver novas indústrias e concessões especiais dos países ricos para os produtos das nações menos desenvolvidas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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