Centenas de policiais leais ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, atacaram o Parlamento e ministérios controlados pelo governo do rival Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) ontem à noite na cidade de Ramala, na Cisjordânia, deixando os territórios palestinos à beira da guerra civil.
No ataque, as forças da Fatah, partido de Abbas, e das Brigadas dos Mártires de Al-Aksa, seu braço na luta armada contra Israel, atacaram os prédios a bala e tocaram fogo em alguns deles, impedindo depois o acesso dos bombeiros para apagar os incêndios. Reagiam contra um ataque de militantes do Hamas com foguetes e granadas contra o quartel-general das forças de segurança palestinas na Faixa de Gaza, onde o Hamas é mais forte.
Pelo menos dois palestinos morreram e outros 15 ficaram feridos em Gaza. Uma porta-voz da Fatah advertiu que, "para cada um dos nossos que pegarem lá, pegaremos dez deles na Cisjordânia".
No final de um dia violento e caótico, Abbas declarou estado de emergência e mandar a população evacuar as ruas. A tensão entre os movimentos palestinos aumentou depois que o presidente convocou um referendo para a população decidir se quer retomar as negociações de paz com Israel, interrompidas desde que o Hamas venceu as eleições parlamentares de 25 de janeiro, constituindo um governo que se nega a reconhecer Israel e a abandonar a luta armda.
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