O Conselho Consultivo dos Mujahedins, organização que representa Al Caeda no Iraque, anunciou hoje através de um sítio de Internet a morte de quatro diplomatas russos seqüestrados em 3 de junho. Três teriam sido decapitados e um baleado. Os terroristas exigiam a retirada das tropas da Rússia da república rebelde da Chechênia, o que é totalmente inaceitável para Moscou.
Um funcionário da embaixada, Vitaly Titov, morreu no ataque, e os diplomatas Fiodor Zaitsev, Rinat Agliuglin, Anatoly Smirnov e Oleg Fedoseyev foram tomados como reféns.
A notícia ofuscou um pouco a divulgação do plano de paz do primeiro-ministro Nuri al-Maliki, que ofereceu anistia e a libertação gradual de 2,5 mil presos. Seu objetivo é atrair as facções sunitas que aderiram à insurgência, numa tentativa de isolar os terroristas internacionais ligados a Al Caeda.
"Precisamos reunir apoio para enfrentar os terroristas e criminosos para reativar nossa economia criando empregos, dando oportunidades e oferecendo serviços ao povo para mostrar a todos que somos sérios no nosso compromisso de servir à nação", declarou o chefe de governo.
Terá direito à anistia quem "não tiver cometido crimes de guerra, crimes contra a humanidade, crimes contra os iraquianos e atos de violência". Deputados e senadores americanos apoiaram o plano mas manifestaram preocupações com a anistia.
No domingo, os insurgentes mataram pelo menos 32 pessoas em diferentes ataques, sendo 23 na província de Diala, e seqüestraram outras 16 em Taji.
Insurgents on Sunday cranked up their assaults throughout Iraq, killing at least 32 people in scattered attacks, mostly in Diyala province, and kidnapping 16 others in a brazen abduction in Taji.
Os Estados Unidos anunciaram hoje que dois soldados da Guarda Nacional serão acusados pela morte de um iraquiano desarmado em Ramadi, em fevereiro. Natham Lynn foi acusado de homicídio, e ele e o sargento Milton Ortiz jr. de conspiração e obstrução de justiça.
Outros quatro soldados da 101ª Divisão Aerotransportada foram denunciados na semana passada pela morte de três detentos em Salahedin, no mês de maio.
Em entrevista à rede de TV americana CNN, o ministro do Petróleo do Iraque, Hussain Shahristani, disse que a produção está hoje em 2,5 milhões de barris por dia, "um recorde depois da queda do regime de Saddam Hussein, em abril de 2003". Ele prometeu que em dez anos o Iraque, que tem as segundas maiores reservas mundiais, será um dos maiores produtores do mundo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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