A revenda de residências caiu 1,2% em maio nos Estados Unidos, o que projeta vendas anuais de 6,67 milhões. Nos últimos cinco meses, a venda de imóveis residenciais usados caiu em três meses, numa indicação de desalaceração do mercado imobiliário e da economia como um todo. Mas, em mais um sinal contraditório, a venda de casas novas aumentou 4,6% em maio, projetando um total anual de 1,234 milhão.
Hoje o mercado espera um aumento de 0,25 na taxa básica de juros, que iria para 5% ao ano. A dúvida dos analistas é onde vai parar a alta de juros promovida pelo Federal Reserve Board (Fed), o banco central americano.
“Estamos a caminho de um pouco suave”, previu David Lereah, economista-chefe da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário. O estoque de casas a venda aumentou 5,5% para um total de 3,6 milhões e o preço médio das residências subiu 6% nos últimos 12 meses, chegando a US$ 230 mil.
O setor imobiliário está esfriando, com impacto sobre toda a economia, obsrvou Arlene Kish, economia da empresa BMO Nesbitt Burns. “O persistente aumento do estoque de casas não-vendidas é uma clara advertência”.
Já Ian Shepherdson, da consultoria High Frequency Economics, comentou que “o ajuste do mercado imobiliário está longe de terminar. A venda anual deve cair para 6,3 milhões nos próximos meses”.
Para Lereah, a revenda de imóveis usados “reflete melhor o que está acontecendo no setor de habitação”. Ele lamentou que os compradores estejam sendo atingidos por aumentos nas taxas de juros, queda nos preços dos imóveis e preços mais altos de energia. Espera que esta seja uma transição rápida e que o mercado volte a se aquecer assim que os preços se ajustarem.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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