Um estudo do Congresso americano estima que um embargo da Venezuela à venda de petróleo aos Estados Unidos provocaria uma alta imediata de 15% nos preços internacionais do produto, que estão hoje em torno dos US$ 70 por barril, e teria um forte impacto sobre o crescimento da economia mundial, revelou hoje o Financial Times, principal jornal econômico-financeiro europeu.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, é um hoje um dos principais inimigos políticos dos EUA. Está sempre denunciando o imperialismo americano mas ainda não usou o petróleo como arma. Já foi vítima de uma tentativa de golpe apoiada pelo governo George W. Bush em 12 de abril de 2002.
A Venezuela é o quinto maior exportador mundial de petróleo e o quarto para os EUA, o que representa 11% das importações americanas do produto. Se for alvo de nova conspiração golpista apoiada por Washington, Chávez ameaça suspender as exportações para os americanos.
Uma greve na companhia estatal Petroleos de Venezuela (PdVSA) no início de 2003 prejudicou o suprimento para os EUA. Chávez aproveitou para assumir amplo controle sobre a empresa, que usa para financiar os programas sociais de sua "revolução bolivarista".
Para o senador Richard Lugar, que encomendou a pesquisa, os EUA não estão preparados para um possível embargo decretado por Chávez.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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