Um dia depois que um bombardeio aéreo israelense matou 11 pessoas na Faixa de Gaza, o governo palestino controlado pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) propôs um cessar-fogo, se Israel parar com o que chama de "agressões" aos palestinos.
Uma declaração do porta-voz Ghazi Hamad indica uma decisão do governo de suspender os ataques de foguetes contra Israel: "Estamos interessados num amplo cessar-fogo. Queremos parar todas as operações, se Israel estiver disposto a fazer o mesmo", disse ele à Rádio Israel.
O Hamas anunciou o fim de uma trégua de um ano e quatro meses na sexta-feira, 9 de junho, quando uma explosão numa praia da Faixa de Gaza matou sete palestinos. Israel negou responsabilidade por estas mortes.
Desde então, mais de cem foguetes palestinos foram disparados contra Israel. Mas os foguetes primitivos lançados pelas Brigadas al-Kassam, braço armado do Hamas, tem alcance de apenas três quilômetros e não são teleguiados. Os militantes do Hamas também têm foguetes Katiúcha, de fabricação russa, com 20 km de alcance.
Nesta semana, a convocação de um referendo pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, para que o eleitorado decida se quer retomar as negociações com Israel, aumentou a tensão entre os palestinos, provocando choques e risco de guerra civil entre os militantes do Hamas e a polícia palestina, ligada à Fatah, o partido de Abbas.
O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, interferindo no conflito interno palestino, prometeu entregar armas e munição a Abbas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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