Em vídeo divulgado ontem em sítios de Internet de fundamentalistas islâmicos, o segundo maior líder da rede terrorista Al Caeda, o egípcio Ayman al-Zawahiri, convocou os jovens do Afeganistão para aderir à luta para vingar os "crimes cometidos pelos americanos contra o povo afegão".
O lugar-tenente de Ossama ben Laden, que estaria foragido nas montanhas entre o Paquistão e o Afeganistão, apelou aos jovens das universidades de Cabul a se rebelar e "se juntar aos mujahedins [guerreiros muçulmanos]para atacar os invasores e libertar o Afeganistão muçulmano". Tenta tirar proveito dos protestos de 29 de maio na capital afegã, que terminaram com dezenas de mortes, o que indica que foi gravada depois daquele dia.
Al-Zawahiri denuncia a profanação do Corão, livro sagrado dos muçulmanos, na prisão da base militar americana em Bagram, no Afeganistão, e no centro de detenção criado na base naval de Guantânamo, um enclave americano em Cuba. Também criticou o que chamou de insultos contra os muçulmanos na Dinamarca, na França e na Itália.
Ao contrário de mensagens anteriores dirigidos ao povo americano, desta vez o vídeo não tinha legendas em inglês. O homem que é considerado o principal estrategista d'al Caeda falou em árabe e os sítios de Internet traduziram a mensagem para pachtum e fársi, duas línguas muito faladas no Afeganistão.
Os Estados Unidos invadiram o Afeganistão em outubro de 2001, para se vingar dos atentados de 11 de setembro de 2001, cometidos pela Caeda, e derrubaram o regime fundamentalista da Milícia dos Estudantes (Talebã), que abrigava os centros de treinamento da rede terrorista.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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