O ministro do Exterior do Japão, Taro Aso, aumentou a pressão sobre o regime stalinista da Coréia do Norte, advertindo que se o país testar um míssil vai propor imediatamente ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que imponha sanções contra o governo de Pionguiangue.
Há semanas os Estados Unidos monitoram atentamente um centro de lançamento de mísseis norte-coreano, na expectativa de que o país vá realizar seu primeiro teste de mísseis balísticos intercontinentais, como este blog noticiou em 11 de junho. Em tese, o Taepodong-2 poderia atingir o território americano. Em 1998, a Coréia do Norte testou um míssil de médio alcance que passou por cima do Japão.
Um teste de mísseis violaria um acordo feito entre o Japão e a Coréia do Norte em 2002, quando o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, e o presidente norte-coreano, Kim Jong Il, assinaram a Declaração de Pionguiangue, incluindo uma promessa de congelamento de testes de mísseis capazes de atingir o território japonês.
Os analistas se dividem quanto às reais intenções da Coréia do Norte.
Alguns acreditam que Kim Jong Il está apenas fazendo mais um blefe em sua chantagem nuclear para obter concessões econômicas que garantam a sobrevivência do último regime stalinista do planeta. Afinal, o país recebe uma significativa ajuda financeira humanitária da China e da Coréia do Sul, dois países dos seis países que participam das negociações para desarmar o programa nuclear norte-coreano, ao lado do Japão, dos EUA e da Rússia.
Outros entendem que Kim quer dar uma resposta agressiva aos EUA, que adotaram medidas contra o sistema financeiro norte-coreano, acusado de falsificar dólares.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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