Hedge em inglês é cerca e, no caso, significa proteção, sobretudo contra variações cambiais. Mas o Banco Central da Europa adverte: os fundos de hedge criam "alto risco" para a estabilidade financeira global para o qual não há remédios óbvios.
O estudo, divulgado na quinta-feira passada, foi considerado um dos ataques mais duros até contra um dos setores que mais crescem no mercado financeiro, num negócio multibilionário. "Um colapso de um grande fundo destes ou de um grupo de pequenos fundos de hedge" provocaria um choque econômico comparável a uma epidemia de gripe aviária.
In a clear hint of rising official nervousness about the multi-billion-dollar industry, the ECB ranked an “idiosyncratic collapse of a key hedge fund or a cluster of smaller funds” in the same category as a possible bird flu pandemic as the types of shocks that could trigger fresh disruption in financial markets.
A pesquisa menciona o fato de que os fundos tendem a seguir uns aos outros num efeito manada ou estouro da boiada e alerta que os riscos corridos pelos fundos "ultrapassam os níveis anteriores ao quase-colapso do Long-Term Capital Management, em 1998", quando o banco central americano injetou US$ 3,5 bilhões para evitar um colapso em meio à crise asiática. O LTCM estava 'alavancado' em até 350 vezes, gerenciava fundos e aplicações 350 vezes maiores do que seu capital.
Mesmo admitindo ser difícil uma solução no curto prazo, o vice-presidente do BCE, Lucas Papademos, disse que é preciso dar mais transparências às operações dos fundos de hedge.
O BCE acompanha a iniciativa do Bundesbank, o banco central alemão, que no mês passado propôs uma maior auto-regulamentação do setor, que incluiria avaliação dos fundos por agências de classificação de risco, além de um código de conduta.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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