sexta-feira, 4 de abril de 2014

Comissão desclassifica denúncia de tortura contra CIA

A Comissão de Inteligência do Senado dos Estados Unidos aprovou ontem a liberação parcial do relatório de 6,3 mil páginas em que a Agência Central de Inteligência (CIA) é acusada de tentar esconder do governo e da opinião pública o uso sistemático de tortura nos interrogatórios, o sequestro de suspeitos de terrorismo transportados em voos cladestinos e a criação de uma rede de prisões clandestinas no exterior onde a maior parte do trabalho sujo era feito.

Agora, cabe ao presidente Barack Obama liberar ou não os trechos desclassificados pelos senadores.

Os métodos violentos de interrogatório, inclusive espancamento, afogamento e coação com o uso de cães e outros animais, foram adotados com a conivência do governo George W. Bush depois dos atentados terroristas de 11 de setembro. Em 2009, foram proibidos pelo presidente Barack Obama.

No mês passado, a presidente comissão, a senadora democrata Dianne Feinstein, acusou a CIA de invadir o sistema de computadores do Senado para destruir provas que incriminavam a agência pelos crimes cometidos na era Bush.

A maior acusação ao governo Obama é o assassinato de inimigos políticos com ataques de aviões não tripulados, os drones, controlados dos EUA, uma espécie de videogame da guerra muito usada para atacar os talebã no Paquistão e no Afeganistão, assim como extremistas muçulmanos no Yêmen.

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