O ex-ministro do Orçamento da França Jérôme Cahuzac, que está no centro do maior escândalo do governo François Hollande, denunciado criminalmente por sonegação e fraude fiscal, admitiu ontem depois de negar por quatro meses ter uma conta bancária na Suíça. Ele prometeu trazer os 600 mil euros da conta de volta para a França, mas foi expulso hoje do Partido Socialista.
Hollande declarou encarar "com grande seriedade" as acusações contra seu ex-ministro, que "cometeu uma imperdoável falha moral" ao "negar os fatos", e garantiu que Cahuzac não terá nenhum tipo de tratamento especial.
Para o presidente da direitista União por um Movimento Popular (UMP), Jean-François Copé, as mentiras de Cahuzac "sinalizam o fim da esquerda moralista". Enquanto a ultradireitista Frente Nacional considera o escândalo uma "questão de Estado", a Frente de Esquerda pergunta "até onde vai a cadeia de mentiras".
Foi um dia sombrio para o governo, destacou o jornal Le Monde, talvez o pior em nove meses da presidência de Hollande.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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